quarta-feira, 30 de abril de 2008

A influencia da Imprensa na Sociedade - Parte I

Não me dou bem com a imprensa, principalmente a brasileira. Duvido dos meios de comunicação como sendo símbolos da democracia, a voz do povo. Afinal uma imprensa controlada pela elite para dominar a massa é democracia? Prefiro chamar de agentes manipuladores da opinião pública, ou melhor, agentes manipuladores da personalidade pública, já que a imprensa influencia nosso pensamento, cultura, relações sociais, caráter, religião, política, família, enfim, nossa vida como um todo. E o pior disso é que na maioria das vezes essa influencia é negativa. O leitor pode pensar-me exagerado, já que para a maioria a influencia da imprensa não é tão grande assim. Então vamos aos exemplos.
Pensamento – são os editores dos jornais que fazem as noticias, escolhendo o que é e o que não é importante, o que merece destaque, isto é, a forma com que a noticia vai chegar ao leitor. Eles manipulam a conclusão que o leitor ou telespectador tirará do que leu, ouviu ou leu, em especial a Globo, que da informações de uma forma que não estimula o raciocínio crítico, lógico e abstrato do telespectador, bitolando-o a informações maquiadas que de alguma forma alienam a opinião pública para que pensem da mesma maneira do órgão de comunicação informante. Cultura – a Globo já influiu até no vocabulário dos russos com suas novelas importadas e está minimizando os sotaques regionais do Brasil com a programação nacional de TV. A Globo é responsável por manter vivo o carnaval do Rio de Janeiro, festa cada vês mais artificial e mais longe da cultura genuína. Faz ufanismo com a seleção brasileira de futebol, que a muito tempo não empolga mais. A Globo tem que fazer isso, afinal o carnaval e a seleção são fontes dos parcos lucros que uma emissora falida como a Globo tem. É importante pra Globo que o brasileiro continue pensando que o carnaval continua sendo a festa do povo, e que e seleção brasileira (que não joga no Brasil) é representante do orgulho (vão) de ser brasileiro.
Relações sociais – as novelas da Globo mostram a riqueza pra pobre ver e ter inveja. Ao contrario dos complexos (leia-se inteligentes) seriados americanos, as novelas Globais lançam produtos, fazem apologia ao Sexo, ao homossexualismo (lembrando que foi a Globo que incutiu na sociedade brasileira o conceito de que homossexualismo é normal) e à libertinagem (ou imoralidade mesmo), que consolidou relações como o ficar, o sexo antes do casamento (já que camisinha é a solução pra tudo, não é? Será que é mesmo?), o casamento (ou ajuntamento. Seja lá o que for) de pessoas do mesmo sexo, o divorcio e o recasamento, estes dois últimos mais influenciados pela vida real dos artistas.

Caráter – "Jeitinho brasileiro" é o termo que designa alguns maus costumes do povo brasileiro, como atrasar em tudo, dar propina, buscar apadrinhamento político, entre outras coisas. Aqui no nordeste isso é mais conhecido como "arrumadinho". Este é simplesmente um termo para definir pequenos atos de corrupção comuns aos brasileiros, conhecidos internacionalmente como malandros. Meios de comunicação consideram o tal jeitinho característica comum e pitoresca do povo, componente da cultura. Mais isso, seja uma característica cultural ou não, é ruim, é feio. A imprensa, que teoricamente deve contribuir para a formação do homem como cidadão, ensinar os valores da cidadania. A imprensa não faz isso.
Continua...

3 comentários:

Jaime Guimarães disse...

Bom, que a TV impõe padrões de comportamento e consumo é claro e evidente, mas isso torna-se fora de controle quando não orientação por parte do espectador, sobretudo crianças.

Crianças que desde a mais tenra idade passam horas e horas diante da programação de TV aberta exposta a todos os tipos de apelos ( desde os consumistas, passando pelos violentos até aos apelos eróticos).

Ou seja, a probabilidade da criança seguir tais padrões, já que ela não tem referências ( familiares, sobretudo) é muito grande.

Já quando a criança tem um ambiente propício - e não falo de casas luxuosas, e sim de atenção por parte dos familiares, onde a TV não ocupa o centro da informação, da cultura e do lazer dela, certamente esta terá uma postura bem mais crítica quanto à TV.

O futuro espectador será formado com alguma consciência. E será menos suscetível à manipulação, embora sejamos manipulados e controlados de muitas formas todos os dias.

Fico com Paulo Freire, que dizia não "demonizar e tampouco divinizar" a TV. A questão é o que se faz com ela e como ela pode ser usada de maneira mais útil.
abs

http://grooeland.blogspot.com

Priscila disse...

Concordo com tudo. É a pura verdade. Só nao tenho sugestões para tentar ajudar a minimizar os problemas causados pela influencia da imprensa na nossa sociedade, o que por sinal é muito dificil ja que mecher com os poderosos nesse mundo de gente gananciosa nao é molesa! beijos

Anônimo disse...

Aprendi muito