quarta-feira, 2 de julho de 2008

Um exemplo de Exemplo

Esta foi mais uma reflexão das várias dinâmicas de grupo que já participei, a maioria delas em alguma atividade da igreja. São duas histórias com uma interligação que direi no fim. Ei-las:

História Número Um.

Há muitos anos atrás, Al Capone possuía virtualmente Chicago. Al Capone não era famoso por nenhum ato heróico. Ele era notório por empestear a cidade com tudo o que era relativo a contrabando, bebida, prostituição e assassinatos.
Al Capone tinha um advogado apelidado de "Easy Eddie". Era o seu advogado por um excelente motivo: Eddie era muito bom! Na realidade, sua habilidade, manobrando no cipoal legal, manteve Al Capone fora da prisão por muito tempo. Para mostrar seu apreço, Al Capone lhe pagava muito bem. Não só o dinheiro era grande, pois Eddie também tinha vantagens especiais.
Por exemplo, ele e a família moravam em uma mansão protegida, com todas as conveniências possíveis. A propriedade era tão grande que ocupava um quarteirão inteiro em Chicago. Eddie vivia a vida da alta roda de Chicago,mostrando pouca preocupação com as atrocidades que ocorriam à sua volta.
No entanto, Easy Eddie tinha um ponto fraco. Ele tinha um filho a quem amava profundamente. Eddie cuidava para que seu jovem filho tivesse o melhor de tudo: roupas, carros e uma excelente educação. Nada era poupado para tal. Preço não era objeção. E, apesar do seu envolvimento com o crime organizado, o pai tentou lhe ensinar o que era certo e o que era errado. Eddie queria que seu filho se tornasse um homem melhor do que ele. Mesmo assim, com toda a sua riqueza e influência, havia duas coisas que ele não podia dar ao filho: não podia lhe transmitir um nome respeitável ou um bom exemplo.
Um dia, o Easy Eddie chegou a uma decisão difícil : tentou corrigir as injustiças de que tinha participado. Ele decidiu que iria às autoridades e contaria a verdade sobre Al "Scarface" Capone, limpando o seu nome manchado e oferecendo ao filho alguma coisa semelhante à integridade. Para fazer isto, ele teria que testemunhar contra a quadrilha, e sabia que o preço seria muito alto. Ainda assim, ele testemunhou.

Um ano depois, a vida de Easy Eddie terminou em um tiroteio numa rua de Chicago. Mas, aos olhos dele, tinha dado ao filho o maior presente que poderia lhe oferecer, ao maior preço que poderia pagar. A polícia recolheu em seus bolsos um rosário, um crucifixo, uma medalha religiosa e um poema, recortado de uma revista.

O poema:

O relógio da vida recebe corda apenas uma vez
e nenhum homem tem o poder

de decidir quando os ponteiros pararão,
se mais cedo ou mais tarde.


Agora é o único tempo que você possui.
Viva, ame e trabalhe com vontade.
Não ponha nenhuma esperança no tempo,

pois o relógio pode parar a qualquer momento.


História Número Dois

A Segunda Guerra Mundial produziu muitos heróis. Um deles foi o Comandante Butch O'Hare. Ele era um piloto de caça, operando no porta-aviões Lexington, no Pacífico Sul. Um dia, o seu esquadrão foi enviado a uma missão.
Quando já estavam voando, ele notou pelo medidor de combustível que alguém tinha esquecido de encher os tanques. Ele não teria combustível suficiente para completar a missão e retornar ao navio. O líder do vôo instruiu-o a voltar ao portaaviões. Relutantemente, ele saiu da formação e iniciou a volta à frota. Quando estava voltando ao navio-mãe, viu algo que fez seu sangue gelar: um esquadrão de aviões japoneses voava na direção da frota americana.
Com os caças americanos afastados da frota, ela ficaria indefesa ao ataque. Ele não podia alcançar seu esquadrão nem avisar a frota da aproximação do perigo.

Havia apenas uma coisa a fazer. Ele teria que desviá-los da frota de alguma maneira. Afastando todos os pensamentos sobre sua segurança pessoal, ele mergulhou sobre a formação de aviões japoneses. Seus canhões de calibre 50, montados nas asas, disparavam enquanto ele atacava um surpreso avião inimigo e em seguida outro. Butch "costurou" dentro e fora da formação, agora rompida, e incendiou tantos aviões quanto possível, até que sua munição finalmente acabou.
Ainda assim, ele continuou a agressão. Mergulhava na direção dos aviões, tentando destruir e danificar tantos aviões inimigos quanto possível, tornando-os impróprios para voar.

Finalmente, o exasperado esquadrão japonês partiu em outra direção. Profundamente aliviado, Butch O'Hare e o seu avião danificado se dirigiram para o porta-aviões. Logo à sua chegada, ele informou seus superiores sobre o acontecido. O filme da máquina fotográfica montada no avião contou a história com detalhes. Mostrou a extensão da ousadia de Butch em atacar o esquadrão japonês para proteger a frota. Na realidade, ele tinha destruído cinco aeronaves inimigas.
Isto ocorreu no dia 20 de fevereiro de 1942, e, por aquela ação Butch, se tornou o primeiro Ás da Marinha na Segunda Guerra Mundial, e o primeiro Aviador Naval a receber a Medalha Congressional de Honra. No ano seguinte, Butch morreu em combate aéreo com 29 anos de idade. Sua cidade natal não permitiria que a memória deste herói da WW II desaparecesse, e hoje, o Aeroporto O'Hare, o principal de Chicago, tem esse nome como tributo à coragem deste grande homem.
Assim, na próxima vez que você passar no O'Hare International Airport, pense nele e vá ao Museu comemorativo sobre Butch, visitando sua estátua e a Medalha de Honra que recebeu. Fica situado entre os Terminais 1 e 2.


A moral das duas histórias é que Butch O'Hare era o filho de Easy Eddie. O exemplo dado pelo pai ajudou o filho a ser um grande Homem.

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