sexta-feira, 13 de junho de 2008

Nossos irmãos do norte

Já é pública e notória a política americana de nos tomar a Amazônia sob alegação de que nós, bugres latinos, não sabemos preservar essa maravilha que a natureza nos deu. Em algumas escolas americanas inclusive já se ensina que a região pertence à humanidade e sob a égide da ONU seria entregue aos americanos para sua salvaguarda. Os mesmos americanos que não assinaram o protocolo de Kyoto e que são os maiores poluidores do mundo, de repente se transformam em guardiões da ecologia e mantenedores de nossa floresta.
O cinismo dessa arrumação beira o ridículo, pois poucos povos agrediram mais seu meio ambiente do que os pioneiros americanos que destruíram toda a natureza para criar sua nação. Os americanos promoveram um genocídio dos seus índios e se orgulham disso, mostrando em filmes que o Pele-Vermelha era um canalha comedor de criancinhas que precisava ser morto de qualquer maneira. E mataram índios como quem mata moscas sem respeitar etnias, costumes nem tradições.
A mesma coisa fizeram com suas florestas. Quando acabaram com as árvores do Norte correram para o Oeste com um tal "destino manifesto" que os fez roubar metade do México à força de armas e destruir todo o biossistema da região, inclusive exterminando manadas inteiras de búfalos somente para retirar o couro e deixando suas carcaças apodrecerem nas pradarias.
Esse mesmo povo hoje se acha em condições de salvar a Amazônia de nossas investidas. Eles, como senhores do Mundo acreditam que uma área de tal importância geográfica e política para a humanidade não pode nem deve estar em mãos de "cucarachas" que não sabem zelar seu patrimônio. Pode até ser verdade que agimos muito mal em relação à floresta, mas não serão os americanos a nos dar lições de civilidades e cuidados com o planeta, não os americanos que explodiram Hiroshima e Nagasaki apenas para mostrar ao mundo que tinham bombas atômicas.Mas não é com oratória que vamos impedir essa invasão. A Amazônia precisa ser ocupada e militarmente ocupada para que isso sirva como dissuasão a qualquer mariner que queira deitar sob nossos coqueiros, pois essa linguagem, mostrada no Vietnã e no Iraque é a única linguagem que nossos amigos americanos entendem e temem. O resto é firula.
*Marcos Tavares.

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