sábado, 14 de março de 2009

relato do Blog da Ana Paula Valadão sobre show em Anápolis

10º Dia – 26 de maio – O Cordeiro e o Leão

Pela manhã o vocal ensaiou em uma das salas do hotel. As harmonias estão lindas, diferentes. De lá fui dar uma entrevista no SBT, e mais tarde, falei com diversos repórteres de rádios e programas de TV.

Desde o almoço pude me alegrar pelas conversas que tive com o Gustavo, Ezenete e Sérgio. Particularmente, eu e meu esposo conversamos e oramos juntos, e recebi um bálsamo de cura em meu coração que estava ferido. A melhor coisa que existe é a transparência, a comunhão, o coração quebrantado. Quando ambos o têm, há harmonia, paz, unidade.

Saímos para a ministração às 16h. Me vesti de acordo com o que o Espírito colocou em meu coração. Um vestido de veludo azul que comprei há mais de 10 anos no Seminário em Dallas. Um cinto preto largo com “cara” de autoridade. Botas pretas, assim como na última viagem em Florianópolis, com essa mesma mensagem de força, poder, autoridade, e conforto necessário para pular e pisar com força, profeticamente, na cabeça do diabo. Meu cabelo, cacheado, restaurado como no princípio. Meus brincos comprados em Israel, e o anel com a pedra ametista que ganhei quando eu nasci. Olhei para mim mesma no espelho e vi uma guerreira.

Tivemos um tempo de oração precioso no camarim atrás do palco. Foi interessante o peso espiritual que queria vir sobre nós. Todos se levantaram e resistiram. E foi contagiante a alegria que nos encheu. Senti como se em meu corpo minhas forças estivessem sendo sugadas, sem forças para respirar fundo, muito menos cantar. Mas no meu coração havia confiança de que tudo iria se romper.

O CTM ministrou e foi muito bom. É tremendo para mim ver esta nova geração, em especial a Marine, em quem tenho acreditado e investido. Depois deles comecei, e instante após instante senti a direção do Espírito me guiando e dando as palavras certas, as melodias espontâneas, a unidade entre a equipe. Ainda que muitas vezes me esforçasse, rompendo pela fé, agindo com força, sentindo fraqueza.

As pessoas estavam totalmente abertas, sedentas, participando, cantando tudo. O evento foi no estacionamento da Uni Evangélica, que mais tarde fique sabendo que é ultra tradicional. Graças a Deus não me disseram isso antes, e não me intimidei em nada.

Quando a Helena ministrou “Lugares altos” trouxe uma palavra sobre Joás e Eliseu, e o episódio da “Flecha da vitória do Senhor”. Mal podia imaginar que o Senhor estava ministrando a intensidade e a fé no ato profético, que eu iria precisar mais à frente.

Houve um momento em que fez um “clique”. Uma mudança na atmosfera. Depois da música “Manancial” comecei a receber palavras proféticas em meu coração para liberar sobre as cidades de Goiás ali representadas. Foi muito forte. A música acompanhou. Nunca antes havia visto os músicos, especialmente o Bruno na bateria, e o teclado, que agora é tocado pelo Vinícius, com tanta unção, poder e unidade. Recebi a direção de palmas. A multidão ia junto comigo, quando de repente a Zê chegou perto de mim e disse que estava vendo o Leão, com os pés em fogo, ali no palco. O poder de Deus era palpável, e as palavras proféticas continuaram. Um cântico espontâneo sobre o Cordeiro e o Leão marcou para sempre a minha vida. E a unção de autoridade foi ministrada sobre nós, sobre a Igreja de Anápolis. De um estado de fraqueza, passamos à força. De intimidação à ousadia. Ao mesmo tempo em que nos levou a um refrigério e descanso que como ovelhas do Sumo Pastor podemos experimentar.


De repente, começamos a celebrar, mas foi diferente. Eu saltava e parecia que estava em um trampolim, uma cama elástica. Se antes pulava para romper, agora eu me sentia voando, pulando muito alto, minhas pernas esticadas iam alto, ao menos essa era a sensação, mas depois outras pessoas confirmaram. O vento nos meus cabelos e a sensação era de pulos muito altos. Eu sabia que algo diferente estava acontecendo. Quando pulei uma última vez, senti que era para me assentar. Não sabia se teria forças para me levantar outra vez. Foi quando senti o impulso, me agachei e comecei a andar como o Leão.

Pensamentos vieram à minha mente. Eu disse ao Senhor: “É… agora a minha reputação acabou. Agora vou ver quem vai ficar comigo”. Mas prossegui, consciente do que estava acontecendo, e senti a direção até mesmo de onde eu deveria ir.

Quando parei, não sabia como ou que fazer ao me levantar. Ainda no chão, me ergui de meio corpo e gritei: “Um brado de vitória ao Senhor”, (sem saber se alguém responderia), e o som foi poderoso. A música terminou grandiosamente. Era o Leão da Tribo de Judá.

Depois disso, sentada, cantei “Águas Purificadoras” e a Marine, representando a nova geração, continuou. Eu estava, e aliás, quase todos nós no palco, e muitos na multidão, prostrados diante do Senhor. Gustavo terminou orando com os novos convertidos, e compartilhando sobre o dia de Pentecostes, 27/05, que estava chegando.

No camarim, reuni o grupo e oramos, e rimos juntos, e cantamos “Ele é o Leão da Tribo de Judá”. Fui confortada pelo apoio dos meus irmãos.

Agora, dentro do avião, estou a caminho de BH. Reinard Bonnke está desde ontem de manhã ministrando na Lagoinha e na Praça da Estação. As notícias são de avivamento.

Tenho sede. Tenho me preparado e ansiado por este dia. Todos nós temos. Ora vem, Senhor Jesus.

Outra coisa que o Senhor me mostrou, mais uma vez, foi o valor da equipe que Ele me deu. Sexta-feira, na Igreja, não pude fazer muita coisa além de cantar. A unção e a técnica que Deus nos deu, e dá a qualquer um, está de acordo com o nível de alcance do ministério que Ele nos dá. Muitas vezes me senti cobrada por vozes que questionam nossa estrutura, mas para fazer o que fazemos, posso ver que essa estrutura vem de Deus. É a capacitação e a provisão dEle.

Lagoinha como um todo foi levantada para ser um referencial, inspiração. E as pessoas têm vindo. Me impressionei com o testemunho dos pastores desta igreja, que já foram 6 vezes ao nosso Congresso, sem perder um ano. Na verdade, não temos noção do que Deus tem realizado em nós e através de nós. Somos um espetáculo do Senhor, para mostrar aos outros o que Ele quer.

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