Ele causou polemica algumas semanas atrás por defender (ironicamente) a avaliação do congresso em plebiscito. A seguir, seguem trechos de uma entrevista que ele concedeu à revista Época sobre o assunto:
ÉPOCA – O senhor defende o plebiscito?
Cristovam Buarque – Claro que não. O plebiscito não passa de uma metáfora. A Constituição não permite. O Congresso se fecha porque o povo o invade e os militares o cercam. Ou então é fechado de maneira discreta, como acontece hoje. Ele fica irrelevante, sem sintonia, desmoralizado. Funciona, mas sem ser um poder. Durante o regime militar, o Congresso ficou aberto. Mas não funcionava.
ÉPOCA – Por que não se vota quase nada?
ÉPOCA – Por que não se vota quase nada?
Cristovam – O acúmulo de medidas provisórias emperra o Parlamento. O Poder Executivo ficou muito forte. O Judiciário também. Quebrou o equilíbrio. É preciso limitar o poder do presidente de definir o que é ou não urgente. E o Supremo não pode legislar por inoperância nossa.
ÉPOCA – Que soluções o senhor sugere para fortalecer o Congresso?
ÉPOCA – Que soluções o senhor sugere para fortalecer o Congresso?
Cristovam – Primeiro, acabar com todas as mordomias que desgastam a imagem. Mas isso é só a ponta de cima da crise. O Congresso deveria se reunir de maneira contínua ao longo de um mês, dois meses inteiros. Hoje, a gente só fica aqui dois dias e meio por semana. E no gabinete, recebendo pessoas, em vez de debater os temas que realmente interessam ao povo.[...]
ÉPOCA – A repercussão o assustou?
ÉPOCA – A repercussão o assustou?
Cristovam – [...] Espero que se desperte para uma realidade: existe sim um divórcio entre nós, parlamentares, e a opinião pública. Um casal é capaz de continuar junto sem amor. Mas um Congresso não sobrevive se não for amado pelo povo.
ÉPOCA – Como moralizar o uso de passagens aéreas pelos congressistas?
ÉPOCA – Como moralizar o uso de passagens aéreas pelos congressistas?
Cristovam – O Jornal do Senado tem de divulgar quem está usando a passagem de cada deputado e senador. Transparência é o melhor controle. Todo mundo, antes de pecar, fecha a cortina. Na hora em que a gente abrir as cortinas, só o muito sem-vergonha vai pecar.
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Quando indagado sobre os problemas do legislativo, as respostas de Cristovam são até obvias. Os problemas no legislativo são já conhecidos, pelo menos pela parcela bem informada da população. Isso só demonstra que não há receita mágica para se moralizar o congresso. Basta se colocar em prática a teoria do “decoro parlamentar”!
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Quando indagado sobre os problemas do legislativo, as respostas de Cristovam são até obvias. Os problemas no legislativo são já conhecidos, pelo menos pela parcela bem informada da população. Isso só demonstra que não há receita mágica para se moralizar o congresso. Basta se colocar em prática a teoria do “decoro parlamentar”!
5 comentários:
pelo um que prete por lá.
se todos fossem assim.
Admiro este cara, esse sim ainda é um dos seguidores do Saudoso Brizolla, pena pessoas como ele não serem levados a sério principalmente pelo governo, se ele ainda fosse ministro da Educação o Brasil seria outro.
Seu blog é show, parabéns, curti muito o post sobre A Esquerda e os Estudantes
BLOGdoRUBINHO
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www.blogdorubinho.cjb.net
Obrigada pelos comentarios no CONTO UM CONTO ^^
www.conto-um-conto.blogspot.com
Não entendo nada depolítica hehehe.
Mas deixo aqui o meu carinho :)
Deus abençõe!
Oi, Márcio!
Admiro o Cristovão Buarque por levantar a bandeira da educação e do bom senso político. A fala dele sobre o decoro parlamentar foi no ponto! Até lembrei daquele deputado que disse estar se lichando para a opinião pública. Falta vergonha na cara de boa parte do nosso legislativo.
Abraço
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